The End

Este blog acabou.
Aos (poucos, mas fiéis) leitores o meu agradecimento, mas já não dá.
Muito obrigada.

Nunca substimem o poder de uma sogra

Já devem ter lido em vários livros que o ideal para uma festa de crianças é convidar um miúdo por cada ano que o nosso filho faz. Portanto 2 anos igual a 2 convidados.
A minha sogra deu um toque personalizado a esta regra: 35 pessoas por cada ano que a criança faz. Ah pois é! E vai que temos uma festa com 70 convidados e 7 crianças.

E pensam vocês: "que loucura, tanta gente!" (Eu pelo menos pensei!) Mas não é que que a aniversariante adorou?

Claro que o facto de ser num espaço específico para festas, com a decoração da sua predilecta Pequena Sereia ajudou e muito. Aqui está um mercado a ser explorado cá em Portugal. Salas para aniversários sei que já há, mas no Brasil a coisa atinge níveis de casamento: ele são fatos de máscaras, escorregas, camas elásticas e baloiços para os mais pequenos (nunca gostei tanto das nossas normas da Comunidade Europeia que proibem tudo o que possa fazer uma nódoa negra. Sem elas os brinquedos são assustadoramente malignos) e boa comida para os adultos.

Ou seja, toda a gente vai e feliz por ir.

E foi assim que me conformei que tão cedo ela não vai vibrar com nenhuma festa de aniversário como vibrou com esta. Foi subir de mais a bitola aos dois anos? Concerteza. Se eu ainda tivesse tido voto na matéria podia discutir isso, mas assim rendi-me às evidências: ela divertiu-se como nunca e foi isso que me deixou feliz.

Dica da semana

Nunca substimem o valor de um DVD portátil numa viagem de 10 horas de avião.

Mais uma vez a genética não deixa hipóteses. A minha filha nasceu num país mas é a sua outra nacionalidade que lhe anda no sangue. Bastou pôr o pé em novas terras para se perceber ainda mais isso. :)

Cinderella

Temos andado a ver este filme. Como nunca foi dos meus preferidos, obviamente que sabia trama principal, já não me lembrava muito bem do filme. Que coisa mais datada!

A Cinderela coitada anda ali nas limpezas, toda feliz rodeada dos animaizinhos de quem é muito amiga, e o seu grande objectivo é sacar um marido. Depois o principe até lhe acha graça, mas quando ela lhe foge da vista nem se dá ao trabalho de ir atrás dela, manda os empregados. Que horror! Um bocadinho machista não? Que me perdoem os fãs mas achei o filme tão sem sal... Sim, tenho de situá-lo no ano em que foi feito, mas mesmo assim....

Melão, melancia, maçã, pêra.....

Como no melhor pano cai a nódoa, até numa casa onde nunca faltou o apetite, a fruta estava com alguma dificuldade em ter quorum.

Mas vai daí lembrei-me deste utensílio, que já resolveu a coisa. Quem é que resiste a uma frutinha às bolinhas? (Eu não. Aliás, foi por isso que o comprei para mim há uns anos ;)

Eu: Estás quase a fazer dois anos e vais ter um bolo com velas! Queres que o teu bolo tenha velas para soprares?

Ela: Não, qué comé bolo.

Color Wonders

E já que estamos numa de recomendações, a Crayola tem umas canetas óptimas que só escrevem num papel especial deles. (Aproveitem e visitem o site que tem coisas giras para imprimir também)

São óptimas para se levar para qualquer lado onde não queremos passar vergonha pelo mau comportamento dos meninos, mas também não queremos pagar os estragos dos lápis para os distrair. Mais vale pervenir...

Cá em casa, nas duas últimas semanas, já tivemos uma porta e uma parede com um "toque artístico" (pena que não tirei fotos... estava ocupada a dar-lhe um sermão...). Ainda por cima agora é que começou a fazer, quando já percebeu que é errado, porque antes não fazia. É assim a vida, todos temos de marcar o nosso território.

Já pensei forrar uma parede (alguém se lembra da história do "Rosa, minha irmã Rosa" da Alice Vieira?) e dar-lhe autonomia, mas confesso que acho que isso só lhe iria causar um sorriso irónico: "Só aqui? ahahhaahhaha". Então tenho-me mantido no: "Só no papel está bem?"

ALGUÉM ME EXPLICA PORQUE NÃO CONSIGO POR ESTA IMAGEM DIREITA?!
BEM, ADIANTE....


Estas plasticinas são fantásticas! (E caras... mas não se pode ter tudo) Não sujam, são fáceis de usar por dedinhos ainda pequeninos, têm cores giras e só não podem é ser metidas na boca nem ser deixadas fora da caixinha depois de usar, porque secam.

Fiz uma tentativa com umas mais tradicionais mas foi um drama, eram muito gordurosas, sujavam tudo o que aparecia, infiltravam-se nas unhas da mãe, da filha, do pai e de quem lhes tocasse.

Life isn't about finding yourself...

Hoje de manhã olhei para este caneca e pensei que era a frase que me faltava para terminar este post, que ando a ruminar (oh que bonita palavra ;) há algum tempo.

Como alguns devem saber, há (faz agora) um ano optei por trabalhar como freelancer. A minha profissão permite que eu trabalhe em casa. Na altura, e agora ainda, achei que era a solução ideal. Dois de nós a chegarem muito tarde frequentemente não ia fazer bem a nenhum de nós os 3 cá em casa.

E porque estou a falar disto? Porque ultimamente, várias amigas, de diferentes áreas e diferentes formas de estar se perguntam se vale a pena fazer o mesmo. E é aí que entra esta frase, de uma caneca comprada já não sei onde mas que me parece tão adequada.

São tudo opções que se vão tomando.

Hoje em dia, ficar em casa já não é uma obrigatoriedade imposta às mulheres. Tal como trabalhar fora também não. Já sei que vão dizer que ficar em casa é uma opção só possível a algumas. Sei de casos de mães que optaram por ficar em casa e não foi por estarem abastadas de dinheiro, foi exactamente pelo contrário: porque estavam a pagar para ir trabalhar. A mãe em casa tem, geralmente, desvantagens monetárias, mas são opções como muitas outras na vida. É claro que cada um sabe das suas contas e o Banco sabe de todos ;) mas a questão que quero salientar aqui, é que mais do que isso tem de ser uma decisão nossa.

Trabalhar fora tem milhares de vantagens. Não defendo que todas as mães deviam ficar em casa. Eu pessoalmente, enlouqueceria se ficasse sem trabalhar. As mães de hoje têm de pensar no que é melhor para elas, seja ficar ou sair. E o que é certo para nós hoje, pode não ser amanhã. É preciso pensarmos e fazermos o que é melhor numa determinada altura.

Ficar em casa muitas horas com uma (ou mais crianças) é muito trabalhoso (e nem vou entrar no assunto trabalho doméstico que como sabemos calha a todas e que É trabalho). E a adrenalina de uma reunião com sucesso ou de um projecto concretizado tem um tipo de satisfação completamente diferente. Não são comparáveis. Tem a ver com o estado de espírito e modos de encarar a vida de cada uma. Se uma mãe está frustrada porque o filho está em casa e ela na reunião, não vai lhe vai saber bem o sucesso. Se por outro lado ela ficar deprimida porque não gosta de estar em casa também não vai fazer bem nenhum aos filhos e mais valia estar a trabalhar.

Mais do que julgarmos umas às outras e de nos culparmos de tudo, deviamos pensar no que é melhor para nós, porque não é uma questão de "nos encontrarmos", porque se nos encontrássemos a vida ficava chata outra vez porque já não havia nada para achar. É uma questão de nos irmos adaptando e reinventando consoante o momento da nossa vida que estamos a passar e o que nos faz mais felizes nessa altura. Nada é definitivo e nem tudo o que é bom para umas tem de ser para outras.

Aliás, filosofia que se deveria adaptar não só a mães mas a todos nós.

Fui ver este filme nem sei bem porquê. Olha apeteceu-me! Mas estava à espera da maior banhada do planeta. Não tenho o Ben Affleck nada em conta como actor, imagine-se como realizador.

Foi uma agradável surpresa. Não é lamechas, não achei tão colado à história da menina inglesa como tanto se disse, e apresenta-nos um dilema social entre pais e filhos que não deixa de nos fazer pensar. É mesmo assim, só porque alguém consegue ter filhos não quer dizer que deva tê-los. Ser pai é muito mais do que isso.

Não sendo o melhor filme do ano nem nada que se pareça, até valeu a pena.

Um bocadinho de shopping

Coisinhas giras para verem, para os pequeninos, aqui. (Thanks Perdido)

E para irem comprar, porque é mais perto, a nova colecção da Piri-piri!

NAN3

Alguém me sabe dizer porque é que não acho leite Nestlé NAN 3 em nenhum supermercado?

Que filminho tão bonito

E eu que nem gosto de pássaros... ;)

"Passinhos Gigantes"

Parece que os "ginásios" para crianças estão mesmo a dar. E hoje lá me veio parar mais um às mãos. Ainda não vi atentamente, confesso, mas aqui fica.

Hoje fui visitar este ginásio: Gymboree. É um franchising americano e parece que já há dois.
Achei interessante o conceito. Mas é caro. (Aliás como tudo hoje em dia).

Pena que estas coisas depois percam um bocadinho os objectivos (digo eu). Não me parece muito lógico que os miúdos vão a estas coisas depois de um dia inteiro na escola. Percebo que é para os pais poderem ir, mas aulas às 18h ou aos domingos de manhã....

Isto é ideal para crianças (mais uma vez digo eu) que estão em casa, com as mães, ou em escolas em part-time. O que sabemos não é propriamente um número crescente aqui.

Mas ok. É giro, interessante e sempre de louvar.

Desculpem lá.....

Não gosto muito de queixas, mas sabem como é: desculpo-me com as hormonas e digo que é normal...

Depois dos bebés nascerem, deve aparecer um homen vestido de preto (sim, tipo "Man in Black") com um aparelho que nos faz esquecer as partes chatas da gravidez e afins. Como é que eu já não me lembrava:

- De que os primeiros meses são muito cansativos. E que enquanto na 1ª gravidez podemos dormir quando chegamos a casa, na 2ª já não porque há sempre alguém que tem alguma coisa de "importante" para nos dizer, partir ou pedir.

- De que os outros meses também não são propriamente um estado normal de energia.

- De que (isto para as pacientes da minha médica, que o que tem de fantástica e eficiente e profissional tem de "generala") tudo, mas TUDO o que pensamos em comer é vetado, "porque não são mães gordas que fazem bebés saudáveis".

- De que a paciência não é a maior (esta parte eu até gosto como sabem)

- De que o estado de graça que falam deve ter sido inventado por uma grávida qualquer que tinha uma vida chata e que achou especial graça a ter mais atenção do que era costume

- De que a roupa de uma gravidez (esta eu não sabia, só achava que sim) dá para a outra. Mesmo que calhe na mesma altura do ano é uma ilusão. Roupa de grávida já usada só dá um ar a quem a volta a vestir: saco de batatas.

- De que a maior parte da roupa de grávida parece de cortinado ou então é fofinha e fere a (minha!) sensibilidade. E as giras são muuuuuito caras. (Viva as Zaras e H&M's da vida com os seus números grandes)

- De que a roupa de recém nascido de uma provavelmente também não vai servir na outra. Por duas simples razões: uma nasceu no Inverno a outra nasce no Verão e porque se sair à irmãzinha e nascer com 54 cm, toda a roupa que a ingénua da mãe comprou de 50 cm, mais uma vez, não vai servir para nada. (Bem que eu estranhei ela não se esticar nos primeiros dias.... dah!)

- De que ninguém se está para se preocupar em dar-nos lugar na fila do supermercado nem em lugar nenhum. E aqui entra o mau feitio....

Pronto, foi o desabafo...

Viva! Viva!

O Noddy já é totalmente, absolutamente, completamente ignorado cá em casa!
Neste momento sou uma mãe babada! :)

"Investigadores detectam substância perigosa em produtos para bebés..." (vejam aqui o resto)

Mais uma notícia para nos deixar assustados. Para quem (como eu) não faz ideia do que são Ftalatos, aqui fica uma explicação.

O que vale é que temos sempre a esperança que estas coisas aconteçam mais nos EUA e menos aqui. Eu sei que é um argumento pobrezinho, mas ou isso ou vamos viver para uma casa numa árvore, numa floresta em risco de desaparecer....

"Sou o Ruca...sou eu!"

Vem aí mais um daqueles mega espectáculos para as crianças. Daqueles que eu sempre jurei não pôr os pés tão cedo. Mas quase que estou tentada, confesso. É o espectáculo do Ruca. E é que eu devo tanto ao Ruca...

Cá em casa, o que o Ruca faz é lei. Na fase das birras para o banho, vimos um episódio em que o Ruca também fazia uma birra para o banho, mas depois descobria que afinal até gostava. E pronto, a partir daí a coisa ficou pacífica.

O cinto da cadeirinha, emprestar brinquedos... se o Ruca faz, aqui fica mais fácil. Não sei o que de tão milagroso o Ruca tem, mas que resulta resulta.

Não é especialmente bonito, nem engraçado. Deve ser por as crianças se identificarem com ele. Os pais do Ruca são compreensivos e nunca se exaltam, que chega até a enervar um bocadinho (acho que optaram por fazer os episódios pedagogicos para pais e filhos ;), mas são um bom exemplo.

É por isso que quase estou tentada a ir apanhar uma estopada de 2 horas no Pavilhão Atlântico.

Byblos

Levei a minha filha à Byblos pois agradou-me a zona infantil quando tinha lá ido. Foi óptimo, têm um barco de piratas (miniatura para nós, gigante para eles). Dá para andar a mexer nos livros, para eles verem tudo sem o usual mau humor do nosso serviço tuga.

Pena não haverem mais livrarias com espaços assim para as crianças. Sei da Bulhosa em Campo de Ourique, que também tem um espaço infantil e acho que há pelo menos uma livraria só de livros infantis em Lisboa, mas não sei onde fica (se alguém souber...).

Até aqui tudo bem na Byblos. Agora o belo do serviço para os mais crescidos, naquela que se intitula a livraria que tem tudo:

Secção BD

Eu: Tem o "Persepolis"? O segundo volume?

Empregado 1: Só um momento que vou perguntar ao meu colega.
Temos o Persépolis?

Empregado 2: Quê? Não PERCEBO nada do que estás a dizer. Ahahahaha.
(Empregado 1 olha para mim na vã esperança de que eu não estivesse a ouvir)

Vamos ver no computador. Ora... (e escreve) PRECEPLIS

Eu: (Soletrei a palavra)

Empregado 2: Não temos. Já tivemos mas já não há....

Eu: ....

Não era suposto num sítio daqueles me perguntarem se queria mandar vir? Que daqui a 1 semana iam ter outra vez? Que está esgotado e que nunca vou achar? Se queria que fossem buscar aos confins do mundo porque são a maior livraria do país? Qualquer coisa?

Claro que também não me apeteceu perguntar. Vou comprar noutro lugar....

Brazelton

Há quem fale mal deste pediatra e há quem fale muito bem. Sei que já tem vindo dar umas palestras cá e tudo, mas isso era quando a minha principal preocupação era saber onde ía jantar nessa noite.

Quando fiquei grávida da outra vez, uma mãe já experiente ofereceu-me este livro: "O Livro da Criança" (não o consigo achar na net ?!?, vou ter de lhe tirar uma foto mais tarde) e só me tem ajudado. Tudo o que ele diz me parece coerente e com dicas que me ajudaram ao longo destes quase dois anos. Sim, porque uma ajudinha vem sempre a calhar.

Hormones are killing me

Como eu já me tinham esquecido de como ficamos sem paciência e irritadiças durante a gravidez... (também quem é que disse que eu era paciente antes?)

Maridos, assim que virem o teste dar positivo preparem-se para as hostilidades, porque isto vai sobrar para todos.

No sábado já pus uma Sra da lavandaria no lugar dela só com um olhar. Fiquei tão orgulhosa do mau feitio. É agora que algumas pessoas começam a evitar ir almoçar comigo às zonas de restauração dos shoppings.

Não sou a única pois não?

Bolacha....bolacha....

Eu: Vamos à rua passear?
Ela: Não.
Eu: Vai ser giro, podemos procurar um cão que gostas tanto...
Ela: Não. Quero ir à rua comprar "dolacha"

Ainda no rescaldo dos presentes de Natal... ofereceram-nos um jogo desta marca. Para além de ter imagens giras os jogos parecem interessantes e de grande qualidade. Dá para comprar pela Net, mas gostava de saber onde é que isto se vende por cá.

Beatrix Potter

Por coincidência, tinha eu acabado de ver o filme da biografia da Beatrix Potter quando nos ofereceram uns livrinhos dela. Lembrava-me destas ilustrações de quando era pequena e ía à biblioteca buscar livros.

São histórias de antigamente, longe do politicamente correcto que hoje se impõe em tudo, mas também quem disse que o politicamente correcto é sempre correcto? E para além disso, as ilustrações são maravilhosas.

Para ajudar, a senhora foi uma mulher exemplar, numa época em que pouco mais era concedido às mulheres para além de um casamento e filhos.

A nossa casinha

Este é o brinquedo do momento cá em casa. Andava a namorá-la há meses. Lembrava-me que adorava brincar às casinhas em caixas de frigorificos (impensável hoje em dia: ai está sujo, ai que feio, ai que nojo e sei lá mais o quê).

Talvez por isso, quando a comprei achei que tinha sido futilidade minha, algum recalcamento por esta ser a verdadeira casinha de menina, e que provavelmente me iria arrepender e que só iria ocupar espaço no quarto. Felizmente estava muito enganada.

Nunca nenhum brinquedo rendeu tanto. São horas a ver livros lá dentro, a brincar aos cházinhos lá dentro, a esconder lá dentro, a dar comida aos bebés lá dentro.

Fiquei contente, afinal as meninas de antigamente e de hoje "just wanna have fun" ;)

Girl Power

Desde o meu primeiro rebento - há relativamente pouco tempo atrás - que a ciência (ou a capacidade de enganar futuros pais) já avançou mais um pouco.

Imaginem que, através de um pequeno teste de sangue, já se pode saber o sexo das crianças com apenas 8 semanas de gestação. Dizem eles que se for rapaz que o cromossoma masculino é detectável na corrente sanguínea da mãe. Eu, como vos disse várias vezes, não sou dada às ciências, como tal comprei a explicação.

Porque está claro que cá em casa e arredores ninguém queria esperar 9 meses pela surpresa do dia do nascimento. E até que o meu lado prático teria um esgotamento nervoso, eu precisava saber se ía despachar a roupa da primeira e virar-me para os carrinhos ou se, por outro lado, ía rentabilizar as caixas de roupa que uma criança com tias consumistas consegue acumular ao longo de 2 anos.

E pronto, foi assim que soubemos, com 99% de probabilidades de acertarem, que o mundo é das mulheres e que, pelo menos aqui em casa, vamos reinar! :)

Agora fica a dúvida: é se fazemos parte do 1% de margem de erro. Mas tudo bem, se for assim descobrimos na próxima ecografia, mesmo a tempo da próxima colecção Primavera/Verão ;)

Persepolis

Para pena de uma pessoa cá em casa, não sou a maior fã de banda desenhada. Conheço o básico e gosto, mas sem a paixão que move muitos. Mas este Natal ofereceram-me este livro, Persepolis (já adaptado para o cinema, vejam aqui o trailer) e digo-vos é das melhores coisas que já li.

Desde o "Maus" (relato dos sobreviventes ao nazismo) que uma BD não me despertava tanto interesse. É uma obra prima. Muito simples, com umas ilustrações a preto e branco e, talvez por isso, até pouco apelativas à primeira vista. Mas do mais cuidado, feminino e bem contado.

É a história da transformação do Irão numa ditadura islâmica contada por uma miúda da classe média. De como mulheres habituadas a uma vida normal foram obrigadas a render-se ao véu e a muitos outros costumes islâmicos.

Mais do que isso é uma forma de nos fazer pensar como a aparente normalidade e segurança que temos pode, quase sem se darmos por isso, desaparecer. E como os pais e mães nessas situações têm de reagir.

Para além disso, é muito interessante, termos outra versão do Médio Oriente que não a que nos chega pelas notícias todos os dias. Vale mesmo a pena.

Obrigada S. pela oferta.

Conselho de Mamã

Nos últimos tempos o que mais ouço é pessoal a repensar as vidas, chateados com situações que não mudam. Uns por medo, outros porque não podem, ou acham que não podem mudar, outros porque acham que mudar não é solução (?!?).

Já que estamos no começo de um ano novo, que não quer dizer nada e quer dizer muito, repensem então as vidas, mas pensem em dar passos, que embora vos amedrontem podem levar-vos a lugares mais felizes do que os que têm. (Se essa for a vossa vontade é claro).

Às vezes é preciso dar um passo para trás para depois dar um para a frente. (Eu acho que até já dei dois para trás de uma vez só, mas ainda aqui estou para contar e não me arrependo ;)

Somos todos tão novos que não vale a pena ficarmos agarrados a falsas seguranças, se isso não nos deixa felizes. Indo contra (e com todo o gosto ;) o chatinildo do Paulo Coelho, nem sempre a flor mais bonita está no nosso jardim. Às vezes temos de procurar noutros jardins, descobrir novas coisas.

Vá, peguem na vossa coragem e façam o que sempre vos apeteceu tentar: na vida pessoal, no emprego, no que for. Não vamos continuar esta geração de Tugas queixosos mas que não saem do lugar.

E agora desculpem-me mas tenho de parar, o foleirómetro da auto-ajuda já atingiu o máximo.

Bolachas e Bom Senso

É com vergonha que aqui assumo que nos últimos tempos tenho usado muito das primeiras e pouco das última.

Não sei se é uma fase da idade, se é a percepção (vá-se lá saber como) de que vem aí mais uma criança para lhe fazer concorrência, mas as birras da minha filha sucedem-se. De uma pequena santa que ía para todo o lado feliz e contente, passámos para o Pack birras no chão a bater pés e mãos, com direito a gritos e muitos "Pára!" e "Ajuda!". Se ela aprende "Acudam" estou feita ;)

Qualquer tarefa implica o dobro (ou triplo) do tempo, uma paciência infinita e argumentações dignas de séries de tribunal. Como a minha filha ADORA comer, tenho usado a bolacha como moeda de troca.

E aqui fica a minha vergonha com uma atitude tão pouco pedagócia, e por favor não me dêem sermões sobre obesidade infantil, porque eu própria me repreendo sempre que o faço, mas é o desespero que fala mais alto:

- Olha J. agora tens de ir para o carrinho, vamos passear.
- Não.
- Olha mas senta-te que a mãe vai levar-te a ver coisas muito giras.
- Não! Pára!
- Mas podemos procurar um cão na rua, tu gostas tanto de cães.
- NÃO QUERO!
- Mas a mãe não consegue levar-te ao colo e ao carrinho ao mesmo tempo...
- BUÁÁÁÁ!
- Não queres ir procurar o cão? Então o que queres ir ver?
- BUÁÁAÁÁ! (acompanhado de cena no chão a bater os pés)
- Bem , se não vais a bem vais a mal. Agora vais para o carrinho!
- (Enchendo os pulmões e pondo o corpo em prancha para não haver hipótese de a sentar) Pára!Pára! Ajuda! Chãaaaaao!
- Por favor... a mãe promete que quando puder te tira do carrinho e vais a pé.
- BUÁÁÁÁ! CHÃAAAAOOOO! PÁAAAARA!
- J! Senta-te no carrinho que a mãe dá-te uma bolacha.
- Xim!

Percebem a minha frustração? A única coisa que me vale, é que não é esquisita nas bolachas. E neste momento já passei para as de água e sal....

Mamã dá licença Parte II

Agora é oficial. Há 3 meses que começou a 2ª tarefa mais complexa e compensadora da minha vida. ;)












(Mais uma vez os meus agradecimentos ao Perdido pelo desenho)