Thursday, February 21, 2008

Life isn't about finding yourself...












Hoje de manhã olhei para este caneca e pensei que era a frase que me faltava para terminar este post, que ando a ruminar (oh que bonita palavra ;) há algum tempo.

Como alguns devem saber, há (faz agora) um ano optei por trabalhar como freelancer. A minha profissão permite que eu trabalhe em casa. Na altura, e agora ainda, achei que era a solução ideal. Dois de nós a chegarem muito tarde frequentemente não ia fazer bem a nenhum de nós os 3 cá em casa.

E porque estou a falar disto? Porque ultimamente, várias amigas, de diferentes áreas e diferentes formas de estar se perguntam se vale a pena fazer o mesmo. E é aí que entra esta frase, de uma caneca comprada já não sei onde mas que me parece tão adequada.

São tudo opções que se vão tomando.

Hoje em dia, ficar em casa já não é uma obrigatoriedade imposta às mulheres. Tal como trabalhar fora também não. Já sei que vão dizer que ficar em casa é uma opção só possível a algumas. Sei de casos de mães que optaram por ficar em casa e não foi por estarem abastadas de dinheiro, foi exactamente pelo contrário: porque estavam a pagar para ir trabalhar. A mãe em casa tem, geralmente, desvantagens monetárias, mas são opções como muitas outras na vida. É claro que cada um sabe das suas contas e o Banco sabe de todos ;) mas a questão que quero salientar aqui, é que mais do que isso tem de ser uma decisão nossa.

Trabalhar fora tem milhares de vantagens. Não defendo que todas as mães deviam ficar em casa. Eu pessoalmente, enlouqueceria se ficasse sem trabalhar. As mães de hoje têm de pensar no que é melhor para elas, seja ficar ou sair. E o que é certo para nós hoje, pode não ser amanhã. É preciso pensarmos e fazermos o que é melhor numa determinada altura.

Ficar em casa muitas horas com uma (ou mais crianças) é muito trabalhoso (e nem vou entrar no assunto trabalho doméstico que como sabemos calha a todas e que É trabalho). E a adrenalina de uma reunião com sucesso ou de um projecto concretizado tem um tipo de satisfação completamente diferente. Não são comparáveis. Tem a ver com o estado de espírito e modos de encarar a vida de cada uma. Se uma mãe está frustrada porque o filho está em casa e ela na reunião, não vai lhe vai saber bem o sucesso. Se por outro lado ela ficar deprimida porque não gosta de estar em casa também não vai fazer bem nenhum aos filhos e mais valia estar a trabalhar.

Mais do que julgarmos umas às outras e de nos culparmos de tudo, deviamos pensar no que é melhor para nós, porque não é uma questão de "nos encontrarmos", porque se nos encontrássemos a vida ficava chata outra vez porque já não havia nada para achar. É uma questão de nos irmos adaptando e reinventando consoante o momento da nossa vida que estamos a passar e o que nos faz mais felizes nessa altura. Nada é definitivo e nem tudo o que é bom para umas tem de ser para outras.

Aliás, filosofia que se deveria adaptar não só a mães mas a todos nós.

3 comments:

Calais Pedro Family said...

Gostei do tema que me diz bastante, pois ja experimentei quase tudo desde que vim para ca: trabalhar a tempo mais que inteiro em 3 empregos diferentes (sem filhas), trabalhar part-time fora de casa (com uma filha), trabalhar em part-time em casa (com duas filhas), nao trabalhar (agora e com as duas filhas na mesma). Falata-me trabalhar em full-time fora de casa para ver como e. Segundo varias amigas e o menos cansativo. Nao sei... depende do emprego, depende dos filhos...
Beijinhos e, concordo, cada um sabe de si! (embora seja bom saber dos outros. a Joao

mãe de dois said...

Nem mais!

Daniela said...

Subscrevo na totalidade!
beijocas