Thursday, May 31, 2007

Amanhã vai ser Dia da Criança


Esta loja com coisas muito giras de que vos falei há uns tempos, vai estar na Festa da Criança na Tapada da Ajuda. Passem por lá com os mais pequenos. Vejam tudo o que elas têm para vos dizer aqui.

Wednesday, May 30, 2007

Livro de reclamações

O dia da Criança aproxima-se e, como há meses que não entrava numa loja de brinquedos (é que o natal e um aniversário de um criança geram brinquedos que em tempos tinham dado para a nossa infância toda) hoje fui lá espreitar.

Não sou daquelas puristas que acha que os brinquedos deviam ser todos de madeira (embora os adore), mas também não acho que uma mansão de 50 quartos da Barbie seja o simbolo de uma infância feliz.

(Aliás, só me lembra a vez em que vi uma menina receber uma dessas mansões e, com o ar snob que só fica bem a quem tem uma mansão, ela se virou para mim e disse: Monta!
Ou seja, nem o prazer de construir o brinquedo ela queria ter. A ostentação da boneca loira já lhe estava no sangue. Senti-me num filme de escravatura... cor de rosa.)

Mas adiante. Fui à procura de um brinquedo que para além de divertido e bonito fosse também construtivo, que tivesse um objectivo, que ensinasse qualquer coisa. Andei por uma mega loja onde não faltavam, bonecas para maquilhar, para pentear, vestidos para as mesmas (com preços de gente grande) peluches de todos os tamanhos e feitios (com preços proporcionais aos tamanhos) e triciclos (a preços de motas!) Claro está que saí de mãos a abanar (e olha que eu gosto de umas comprinhas!).

Decididamente fui à loja errada, mas é assim que estão as coisas. Eu só queria um Lego ou coisa parecida. Mas parece que afinal isso não é importante.

Acabámos em casa a brincar com a nossa bolinha, nada mal.

Tuesday, May 29, 2007

E viveram felizes para sempre?




Há muitos anos atrás o casamento era visto como um acto sagrado, indissolúvel, inquebrável e que jamais alguém se lembraria de acabar. Para uma mulher, ser divorciada era pior do que cair de uma escada e ficar com todos os ossos do corpo partidos. Ficava doente, mas ao menos mantinha-se “respeitável”. (Porque é que tenho a impressão que esta descriminação cega foi começada por uma mulher invejosa? Tenho a teoria que as grandes inimigas do feminismo não foram só os homens).


Para bem da nação hoje em dia já não é assim. É tão diferente que novas questões se põem. Antes o divórcio com filhos pressuponha que os estes ficavam com as mães e que o pai, tinha o dever de lhes pagar uma pensão alimentícia. (E pronto, já estava criada a definição de bom pai).

Hoje, há verdadeiras guerras campais para ver quem fica com as crianças. Já ninguém acha que o único papel do progenitor é pagar as contas. (E aos que acham, só me resta a minha pena, pois não sabem o que andam a perder).

E para que o divórcio seja menos doloroso, para todos, criam-se partilhas conjuntas onde o esquema ideal é a criança ficar com um dos progenitores e o outro estar presente sempre que quiser/puder. Parece-me uma solução óbvia e positiva, que vai criar um (ainda mais) novo conceito de família. (Insurjam-se as almas mais conservadoras!)

Pais, mães e filhos vão ter de conviver em harmonia com namoradas, madrastas, namorados e padrastos, filhos, meios-irmãos e enteados que forem aparecendo pelo caminho. E estes vão ter de conviver em harmonia com quem já lhes estava no caminho mesmo antes de estar. É o que faz sentido e é melhor para todos. Mas se gerir dois feitios num casal nem sempre é fácil, imaginem com tanta gente à mistura?

Ufa, e pensar que o casamento dava trabalho!

Monday, May 28, 2007

Raios UV


Depois de uns dias de chuva desanimadora, hoje o dia começou com um sol abrasador. A minha pele até ficou louca. É muita produção de melanina de uma vez só. (Levantem-se os preciosistas científicos sobre esta minha afirmação).

Lembram-se como era fashion ter um bronze dourado logo em Maio ou Junho? Punha-se creme Nivea no nariz e, em Agosto já estava toda a gente a pelar e fartos de praia. (Só de lembrar dá arrepios, não é?). Era a maravilhosa inocência da nossa infância.

Mas agora que já sabemos que a quantidade de exposição solar a que somos sujeitos durante a infância influência muito a nossa probabilidade de termos problemas de pele (animador, não é?), é melhor tomarmos alguns cuidados.

Até porque o "bronze" está um bocado out (felizmente). Aqui ficam algumas dicas. Parece também que já há roupa com protecção UV (e aqui sim agradecia alguma explicação científica sobre este tema). Golpe de marketing para aumentar mais 10 euros à t-shirt ou a escolha óbvia no futuro?

Friday, May 25, 2007

E porque hoje é 6ª feira...











Aqui ficam mais uns trapinhos para namorarem. (Sim, chamem-me consumista.) E aqui mais uma coisa gira que podemos até tentar fazer em casa. E estas para quem acha que o dinheiro não traz felicidade e quer gastar todo o que tem. Bom fim de semana!

Wednesday, May 23, 2007

Ama-Seca


A vocês não sei, mas a mim há muito que esta palavra me intrigava. Mas o que é uma Ama-seca? (Uma senhora que é ama e que se limpa sempre bem quando sai do duche? Uma senhora que cuida de crianças e tem um guarda-chuva como a Mary Poppins?)

Lá fui à Internet (where else?) e toca de pequisar (e eu que ainda sou do tempo em que íamos à bibiloteca!). Devo dizer-vos que não foi preciso muito para comprovar a minha ignorância.

Este termo, vem do tempo da escravatura e era dado a uma senhora que cuidava de crianças sem as amamentar. A essas, chamava-se amas de leite.

E agora pensem nos dias de hoje: quantos de vocês achariam viável os vossos bebés mamarem do peito de outra pessoa que não o da sua mãe?

É que neste quesito só há um substituto aceitável: o biberon. E porque não biberão?

Raspanete de Mãe


Passou um documentário muito interessante na RTP : “Portugal um retrato social”. Num dos programas falaram da juventude portuguesa e da sua relação com os pais.

E mais uma vez, como já vem sendo hábito falar sempre que se fala de filhos, se ouvem depoimentos de professores e pessoas que trabalham com crianças, sobre a falta de atenção que estes sofrem por parte dos pais, demasiado envolvidos nos seus trabalhos para lhes darem atenção.

Já sabemos que é difícil gerir tantas requisições da nossa vida, blá blá blá. No entanto hoje, também é muito mais fácil optar-se por não ter filhos. Mas parece que essa opção é vista com mais preconceito ainda do que deixar os putos dias a fios sem verem os pais.

Querer ter tudo é mais que válido, mas este é um trabalho do qual não se pode desistir a meio.

Ser mãe/pai, é um compromisso (ainda mais importante, imaginem!) que aquele que se assume no dia que aceitamos um novo emprego: temos de dar o nosso melhor. E não é porque alguém pode ficar com o nosso lugar ou porque temos contas para pagar. É porque NÃO HÁ quem tome o nosso lugar.

Ser mãe/pai deve ser o único trabalho onde não somos substituíveis...

Tuesday, May 22, 2007

Jardim do Mundo

Na Gulbenkian está a decorrer um Forum Cultural: O Estado do Mundo. Para além de muitas actividades interessantes, tem uma decoração de toldos com tecidos africanos (estes são alguns deles) que deixam o jardim ainda mais agradável, e cheio de sombras, junto ao lagos dos patos. (cuidado se levarem bolachas, estes patos devem ser mutantes e cheiram-nas à distância! :)

We're not alone


Pois é, para se ser mãe é preciso um pai (ou um laboratório à altura). E eles andam por aí. Fiquem a conhecer
estes.

Monday, May 21, 2007

Menú para Pais

De certeza que também já vos aconteceu quererem ir a um restaurante com uns amigos que também já tenham prole e começarem a exlcuir restaurantes que em tempos fizeram as vossas delícias. Ou não cabem dois carrinhos, ou não têm cadeirinhas para criança, ou não têm sopa para os pequenos.

Mas também se é para sair que seja para comer bem, e não para levar com o bife com 1kg de manteiga das cervejarias franchisadas, não é?

Pois o que proponho hoje (sugestão muito bem-vinda de outra mamã) é criar uma lista de restaurantes (vamos começar por Lisboa, ok?) "child friendly". Provavelmente vou ter de criar alguns parâmetros, (mas não me stressem, estou a organizar-me ;). Vou fazer uma listinha e depois vocês, se quiserem, ajudam a completar ou criticam as minhas escolhas.

Porque uma boa refeição faz parte dos prazeres da vida. E os vossos filhos também têm de aprender isso.

Friday, May 18, 2007

www.coisasgiras.com I

Como é 6ª feira, aqui ficam mais um miminho, e aqui mais outro, para a veia consumista. Ou simplesmente para quem gosta de "ver as montras".

PS - Tenho de agradecer ao Geek de serviço que me ajuda nestas buscas de coisas giras.

Thursday, May 17, 2007

PARABÉNS B.




Voltei a fazer uns convites de aniversário. (É o trabalho de uma tia, e alguém tem de fazê-lo).





Não havia muito tempo, portanto tive de recorrer a umas caixinhas já feitas e trabalhar a partir daí.







Mas fiquei contente com o (doce) resultado.






A minha cliente, do alto dos seus 3, (quase 4) anos aprovou ;)




Wednesday, May 16, 2007

Post Descartável

A Dodot mandou-me este link. Fala sobre as etapas das crianças e sugere brincadeiras adequadas a cada fase.

É simpático lembrarem-se de nós, já que gastamos tanto dos nossos rendimentos em produtos deles que são, inequivocamente, para seguir para o lixo mal sejam utilizados.

E já agora, obrigada às pessoas do marketing por não terem deixado metade dos textos em Espanhol. É que apesar de ser daquelas que acha que já esteve mais longe o dia em que vamos todos ser hermanos, acho que ainda não chegou a hora de deixarmos de falar Português.

Felicidade? "Isso era se a minha espondilose deixasse..."



Ultimamente, só se fala de Felicidade (e as suas vantagens até têm explicação científica. Essa parte não julgo porque não é a minha área).

Fala-se que devemos procurar ser positivos, que devemos passar essa atitude aos nossos filhos, que é um dos maiores legados que lhes podemos deixar e premeiam-se as suas defesas. Sermos felizes é uma questão de atitude, de reconhecermos o que temos de bom e não destacarmos só as partes negativas.

Não sei se é uma moda, se simplesmente é um caminho natural dado o desânimo geral perante o estado do mundo. Seja qual for a razão, eu acho FANTÁSTICO.

Um pouco de optimismo nas nossas vida não faz mal nenhum. Então em Portugal, em que o "fadinho e a saudade" (e a desgraçadinha da Mariquinhas) são condição para termos passaporte!

É que " isto está muito mal", "porque assim não sabemos onde este país vai parar"... Vai parar onde nós o deixarmos levar! Pena que estejamos demasiado ocupados a queixar-nos para tomar alguma atitude (pronto, é agora que vão dizer que o meu Blog é de esquerda)

Já vai sendo tempo de ensinarmos outra coisa aos putos. Porque senão daqui a 20 anos eles vão encontrar-se e a conversa vai ser a mesma (Zzzzzzz.....)

- Olá, tudo bem?
- Ah...vai-se andando...

Nunca ninguém diz que "está tudo óptimo" (porque até parece mal!), ou "que está tudo mal, mas que acreditamos que vai ficar óptimo". Há uma incapacidade genética do Português de ver o copo meio cheio.

Há uns tempos falava ao telefone com a minha sogra - estrangeira - (vá agora não me axincalhem porque vou falar bem de uma sogra) e perguntei: Então como vão as coisas por aí? E a resposta que tive, que me deixou paralisada, foi:
"Está tudo óptimo. Se estivesse melhor estragava!"

A minha alma portuguesa ficou boquiaberta. Está tudo bem? Assim de caras? Por momentos os meus neurónios ficaram atordoados. Era possível responder assim e sair impune, mesmo que por telefone?

Parece que sim!

Pensem nisto... e (correndo o risco de parecer o Padre da RFM) ensinem os vossos filhos a serem felizes.

Monday, May 14, 2007


Comigo os miúdos vão sempre atrás

Na semana passada chegou-me um mail, de amigas diferentes, com o mesmo artigo. (Já agora, obrigada!) Achei-o digno de ser conhecido, por duas razões. Primeiro: porque concordo plenamente com ele. Segundo: Porque ele é resposta a um comentário tão ignorante que também merece ser comentado (ou talvez devesse ser ignorado, tal como o seu autor que infelizmente tem mais tempo de antena do que merecia).


Então passo a explicar: o Miguel Sousa Tavares, num dos seus comentários televisivos, afirmou que o fumo nos restaurantes era um problema menor, comparado com o barulho das crianças que os frequentam. O jornalista João Miguel Tavares respondeu-lhe à letra e acho que merece ser lido.

Como sou daquelas que acha que os miúdos são attach dos pais (isto no bom sentido do atach ;) e que o papel dos avós é mimar e brincar com os netos (e não serem pais pela segunda vez) não pude deixar passar esta oportunidade.

Claro que há sítios que não foram feitos para levar miúdos (é tudo uma questão de noção e bom senso), e que o casal também precisa de ter os seus momentos. Mas a tendência agora é deixá-los SEMPRE em casa, “porque é melhor para eles”. Não podia discordar mais. É melhor para eles estarem com os pais, aprenderem a observar o mundo, verem coisas novas e acima de tudo, saberem comportar-se de diferentes formas, consoante o lugar onde estão.

É ÓBVIO, que a forma como a criança se comporta depende do seu feitio (e da sua vontade nesse dia em dar um dia agradável aos pais). Mas já pensaram que o mau comportamento pode ser uma maneira de chamar a atenção? Eles também já estiveram na escola, ou em casa com alguém. O tempo que sobra querem ficar com quem mais gostam (e olhem que a janela temporal desta adoração é cada vez mais curta. Neste momento deve estar estimada em 7 ou 8 anos. Cada dia eles têm vida social mais cedo!)

Por isso, não digam que é melhor para eles. Digam que é melhor para os pais (e para os Miguel Sousa Tavares da vida)

Friday, May 11, 2007

No reino das Mães I


Há várias mães neste mundo da blogosfera que acho que vale a pena conhecerem.

Estas, com um nome muito original, começaram já há algum tempo. O seu crescente número de visitas levou à troca de dicas e histórias dentro do próprio blog. O sucesso dessas conversas de mães foi tal, que hoje têm direito a programa de TV e tudo.

Esta mãe, entre outras coisas, faz uns slings muito giros (mas a estes hei-de dedicar mais tempo outro dia) e umas bonecas lindas e originais, daquelas que queríamos ter em casa, mesmo se não houvessem cá crianças.

E estas porque têm as coisas mais giras para deixarmos os nossos pequenos ainda mais queridos.

Mais mães interessantes se seguirão...

Wednesday, May 9, 2007

Shrek III

Os bebés mais engraçados do ano (a seguir aos vossos, claro)

Tuesday, May 8, 2007

2 =


Sempre me baralhou o facto de duas pessoas nascerem iguais. E de por vezes sentirem necessidade de acentuarem essa característica: vestindo a mesma roupa, tendo o mesmo corte de cabelo...

Por outro lado, acho invejável a ligação emocional que essas pessoas têm uma com a outra. Isto faz-me pensar que se calhar estas não são duas pessoas, são só uma, as verdadeiras Cara-metade.

Li numa revista "Sábado" um artigo sobre gémeos. Parece que o fenómeno é mais frequente do que imaginávamos. Só que muitas vezes um dos embriões, logo nas primeiras semanas, acaba por não chegar a desenvolver-se e é assimilado pelo outro ou pelo organismo materno. É a chamada "Lei do mais forte", provavelmente a única regra na Natureza que impera sem nenhum tipo de excepção.

E pus-me a pensar... Já viram como a vida está cada dia mais complicada? Ainda no útero materno e já temos concorrência...

Depois há ainda quem defenda, e numa base mais esotérica, que toda a gente tem um sósia algures no mundo. Prefiro acreditar que, se de facto isso for verdade, que vou ter o prazer de nunca a encontrar. É que para ver alguém igual a mim, vou ao espelho.

Monday, May 7, 2007

This shoes are made for walking


Se a Cinderela tivesse usado uns destes, o Princípe não teria tido problemas em encontrá-la. (É que não passam propriamente despercebidos)

Mas é tudo por uma boa causa.

Um dia, os Manolo Blahnik do ano 2025 vão estar nuns pés elegantes e bonitos para comprová-lo ;)

Feliz dia da Mãe

Um bom dia da mãe é sempre que um pai quiser ;)

Friday, May 4, 2007

www.coisasgiras.com



E porque hoje é 6ª feira e já só apetece pensar no fim de semana (chuvoso!) que se aproxima, deixo-vos aqui umas coisinhas divertidas para conhecerem (ou relembrarem) caso não consigam sair de casa. Coisas para os mais pequenos (e não só), mas cujas mães, e pais é que não vão resisitir. Tudo com envios para Portugal (neste caso, bendita globalização)

Thursday, May 3, 2007

Alianças: eu mostro-lhes o dedo. Parte II


Emprestaram-me um livro de marketing que se chama “O Poder das Mulheres” (aviso já, que só tem interesse para quem é da área). E foi lá que descobri o Anel da Mão Direita. A DeBeers criou, muito inteligentemente, uma estratégia de marketing para as mulheres, quando percebeu que já não eram só os maridos que compravam anéis de diamantes.

O mercado estava a mudar, porque as mulheres começavam a ter poder de compra para adquirirem os seus próprios diamantes. E já não tinham de esperar que os maridos arranjassem uma amante e lhes oferecessem um anel para atenuar a culpa ou lhes comprar o silêncio e a felicidade conjugal (esta achega é minha, mas concerteza faria um sucesso junto do Dep Marketing da empresa ;).

E assim, se criou o conceito do Anel da Mão Direita. Um anel de diamantes, que as mulheres independentes e financeiramente autónomas usam, para mostrar que são mulheres independentes e financeiramente autónomas.

Isto virou moda: Beyoncé, Jennifer Lopez e muitas outras aderiram, usando até o fenómeno para caridade enquanto exibiam o seu girl power.

Não que seja apologista deste anel também, mas sempre é uma variação. Podíamos criar um anel de mães. Era tão válido como andar com um maço (sim, maço) de fotos na carteira para mostrar sempre que alguém pergunta (ou não) pela minha filha.

E quanto a anéis, se tivesse um destes, penhorava, deve valer uma bela viagem.

Alianças: eu mostro-lhes o dedo. Parte I




Não sou apologista de anéis, daqueles que querem dizer que fomos convidadas a casar, ou que já somos mulheres “respeitáveis e casadas”. Porque é que temos de informar o nosso estado civil a toda a gente, a toda a hora? Isso tem importância?

Depois há ainda quem defenda que uma aliança tem a mesma função nos humanos que uma coleira de pulgas tem nos cães. Basta usar e ninguém se aproxima. (Cada um acredita no que quer...)

Mas como somos um país livre devemos continuar a fazer o que queremos e aquilo em que acreditamos e mais nada! (ponham os olhos na nossa classe politica).

A pressão do anel é tanta que, quando alguém resolve constituir uma família sem o “ritual” do “Bora lá gastar uma pipa de massa que depois recebemos isso e muito mais em presentes” começa a lenga-lenga do casamento: “E depois o que vai ser da criança na escola? Os pais não são casados!”

Sim, vamos ensinar aos nossos filhos a dar importância ao que é importante!

“- A tua mãe e o teu pai são casados?
- Não.
- Então não brinco contigo. Os meus pais estão separados, mas antes casaram.”

Alguém me diga por favor se isto é questão que afecte as crianças na escola, porque eu não consigo ver onde é que há assunto aqui.

Sim, sim, não é ingenuidade, eu sei a importância da aliança num país onde o parque automóvel diz muito sobre as prioridades dos seus donos e sua respectiva imagem. O anel de casamento é ponto assente em quem faz questão de ter uma carrinha, com filhos lá dentro e um cão, que se passeia pelo condomínio privado como um condenado no átrio da prisão.

O que eu propunha, é que passássemos aos nossos filhos valores um bocadinho mais pertinentes. (E claro está, entre eles encontra-se a liberdade de expressão, onde o uso da aliança se inclui). Afinal, e como diz a sabedoria popular, “vão-se os anéis e ficam os dedos”. E depois, o que é que as crianças vão fazer com eles?

Wednesday, May 2, 2007

The Mouth revolution

Já pensaram, se as nossas bocas se revoltassem contra a quantidade de pseudo alimentos ou pseudo "coisas" que comemos?

Este site, para além de ser uma chamada de atenção para um problema, que felizmente ainda nos afecta a uma escala muito pequena em Portugal (ou pelo menos a minha ingenuidade assim o quer crer) é uma das coisas mais originais que me chegou às mãos nos últimos dias. Divirtam-se com a Mouth Revolution.

Sexo e a Cidade VS Desperate Housewives


Se enquanto mulheres sem filhos ambicionávamos a descontracção (e os sapatos!) das primeiras, agora com filhos lutamos para não cair nas loucuras das segundas.


Na verdade queremos o melhor de duas vidas. E porque não? Hoje em dia tudo é permitido à mulher, já há uma grande maioria (pelo menos quero acreditar que são uma maioria) de pessoas que sabe que somos iguais em direitos e em deveres. O mundo é o nosso limite, ou melhor, a Lua. Nós podemos ir até onde a nossa ambição e competência nos levar.

E é aí que, não sendo apenas Donas de Casa nem apenas Mulheres com uma carreira, passamos para uma denominação (muito menos glamorosa que as anteriores) a de Equilibrista de Circo. Passamos o dia a correr de prato para prato, a fazê-lo girar, para que não caia.

Li algures, (e peço desculpa pela falta de fonte) que depois do casamento a tendência é que as mulheres trabalhem mais 30% do que já trabalhavam em casa e que os homens vejam reduzidas as suas tarefas em 15%.

Sinceramente quero acreditar que isto é uma questão científica. Nós temos uma feliz conjugação genética que nos permite fazer várias coisas ao mesmo tempo. Os homens não (salvo raras excepções). E isto não é "feminismo de algibeira": têm visto ultimamente muitos homens a fazer o jantar com o filho ao colo e a falar ao telefone, tudo ao mesmo tempo?

E se querem saber, eles é que estão certos. Uma coisa de cada vez. É por não nos contentarmos com isso que depois quem fica a girar os pratos somos nós. Quem manda?


A questão mesmo é como vamos conseguindo equilibrar as coisas. Podemos ser mulheres (giras de preferência ;) e mães ao mesmo tempo, conjugando os papéis e não perdendo a nossa liberdade (e os tais maravilhosos sapatos) Porque é assim em tudo na vida. Desde que consigamos manter alguns pratos a girar, o espectáculo continua.