Tuesday, May 29, 2007

E viveram felizes para sempre?




Há muitos anos atrás o casamento era visto como um acto sagrado, indissolúvel, inquebrável e que jamais alguém se lembraria de acabar. Para uma mulher, ser divorciada era pior do que cair de uma escada e ficar com todos os ossos do corpo partidos. Ficava doente, mas ao menos mantinha-se “respeitável”. (Porque é que tenho a impressão que esta descriminação cega foi começada por uma mulher invejosa? Tenho a teoria que as grandes inimigas do feminismo não foram só os homens).


Para bem da nação hoje em dia já não é assim. É tão diferente que novas questões se põem. Antes o divórcio com filhos pressuponha que os estes ficavam com as mães e que o pai, tinha o dever de lhes pagar uma pensão alimentícia. (E pronto, já estava criada a definição de bom pai).

Hoje, há verdadeiras guerras campais para ver quem fica com as crianças. Já ninguém acha que o único papel do progenitor é pagar as contas. (E aos que acham, só me resta a minha pena, pois não sabem o que andam a perder).

E para que o divórcio seja menos doloroso, para todos, criam-se partilhas conjuntas onde o esquema ideal é a criança ficar com um dos progenitores e o outro estar presente sempre que quiser/puder. Parece-me uma solução óbvia e positiva, que vai criar um (ainda mais) novo conceito de família. (Insurjam-se as almas mais conservadoras!)

Pais, mães e filhos vão ter de conviver em harmonia com namoradas, madrastas, namorados e padrastos, filhos, meios-irmãos e enteados que forem aparecendo pelo caminho. E estes vão ter de conviver em harmonia com quem já lhes estava no caminho mesmo antes de estar. É o que faz sentido e é melhor para todos. Mas se gerir dois feitios num casal nem sempre é fácil, imaginem com tanta gente à mistura?

Ufa, e pensar que o casamento dava trabalho!

6 comments:

Prezado said...

São giras essas familias novas ( eu cá chamo-lhes "da globalização"). A "familia" nesse aspecto é muito gira, surgem arvores gigantecas, como dizes, com namorados, filhos de ex-namorados, enteados, etc ,etc, e no fim é mais uma tribo (no bom sentido) que outra coisa. Quando funciona, é cómico. ( 3 mães, 2 pais, 15 meios-irmaos).

E desaparece aquela figura do "bastardo".

mãe de dois said...

O pior é sustentar isso tudo. Ganhar para uma casa dita normal já é dificil, imagine-se com tantos meios-filhos.

mãe de dois said...

A propósito: gosto muito do blog. Parabéns!

Mamã said...

Obrigada! :)

Anonymous said...

as famílias vão mudar, já dizia o kramer vs kramer...

Mamã said...

Para quem não viu, vale a pena ver.
Embora um pouco desactualizado em algumas coisas, é um óptimo filme.