Thursday, May 3, 2007

Alianças: eu mostro-lhes o dedo. Parte I




Não sou apologista de anéis, daqueles que querem dizer que fomos convidadas a casar, ou que já somos mulheres “respeitáveis e casadas”. Porque é que temos de informar o nosso estado civil a toda a gente, a toda a hora? Isso tem importância?

Depois há ainda quem defenda que uma aliança tem a mesma função nos humanos que uma coleira de pulgas tem nos cães. Basta usar e ninguém se aproxima. (Cada um acredita no que quer...)

Mas como somos um país livre devemos continuar a fazer o que queremos e aquilo em que acreditamos e mais nada! (ponham os olhos na nossa classe politica).

A pressão do anel é tanta que, quando alguém resolve constituir uma família sem o “ritual” do “Bora lá gastar uma pipa de massa que depois recebemos isso e muito mais em presentes” começa a lenga-lenga do casamento: “E depois o que vai ser da criança na escola? Os pais não são casados!”

Sim, vamos ensinar aos nossos filhos a dar importância ao que é importante!

“- A tua mãe e o teu pai são casados?
- Não.
- Então não brinco contigo. Os meus pais estão separados, mas antes casaram.”

Alguém me diga por favor se isto é questão que afecte as crianças na escola, porque eu não consigo ver onde é que há assunto aqui.

Sim, sim, não é ingenuidade, eu sei a importância da aliança num país onde o parque automóvel diz muito sobre as prioridades dos seus donos e sua respectiva imagem. O anel de casamento é ponto assente em quem faz questão de ter uma carrinha, com filhos lá dentro e um cão, que se passeia pelo condomínio privado como um condenado no átrio da prisão.

O que eu propunha, é que passássemos aos nossos filhos valores um bocadinho mais pertinentes. (E claro está, entre eles encontra-se a liberdade de expressão, onde o uso da aliança se inclui). Afinal, e como diz a sabedoria popular, “vão-se os anéis e ficam os dedos”. E depois, o que é que as crianças vão fazer com eles?

1 comment:

Vera said...

E quem s=ao essas crianças tão pouco crianças ?...