Monday, May 14, 2007


Comigo os miúdos vão sempre atrás

Na semana passada chegou-me um mail, de amigas diferentes, com o mesmo artigo. (Já agora, obrigada!) Achei-o digno de ser conhecido, por duas razões. Primeiro: porque concordo plenamente com ele. Segundo: Porque ele é resposta a um comentário tão ignorante que também merece ser comentado (ou talvez devesse ser ignorado, tal como o seu autor que infelizmente tem mais tempo de antena do que merecia).


Então passo a explicar: o Miguel Sousa Tavares, num dos seus comentários televisivos, afirmou que o fumo nos restaurantes era um problema menor, comparado com o barulho das crianças que os frequentam. O jornalista João Miguel Tavares respondeu-lhe à letra e acho que merece ser lido.

Como sou daquelas que acha que os miúdos são attach dos pais (isto no bom sentido do atach ;) e que o papel dos avós é mimar e brincar com os netos (e não serem pais pela segunda vez) não pude deixar passar esta oportunidade.

Claro que há sítios que não foram feitos para levar miúdos (é tudo uma questão de noção e bom senso), e que o casal também precisa de ter os seus momentos. Mas a tendência agora é deixá-los SEMPRE em casa, “porque é melhor para eles”. Não podia discordar mais. É melhor para eles estarem com os pais, aprenderem a observar o mundo, verem coisas novas e acima de tudo, saberem comportar-se de diferentes formas, consoante o lugar onde estão.

É ÓBVIO, que a forma como a criança se comporta depende do seu feitio (e da sua vontade nesse dia em dar um dia agradável aos pais). Mas já pensaram que o mau comportamento pode ser uma maneira de chamar a atenção? Eles também já estiveram na escola, ou em casa com alguém. O tempo que sobra querem ficar com quem mais gostam (e olhem que a janela temporal desta adoração é cada vez mais curta. Neste momento deve estar estimada em 7 ou 8 anos. Cada dia eles têm vida social mais cedo!)

Por isso, não digam que é melhor para eles. Digam que é melhor para os pais (e para os Miguel Sousa Tavares da vida)

9 comments:

Prezado said...

Compreende-se o que o senhor queria dizer - Ele pensava no pessoal-das-barracas ( ops politicamente incorrecto),que adoram protagonismo num restaurante apinhado de gente... Controlem-nos, sim. Agora , tabaco...?

Mamã said...

Mas achas que o senhor frequenta os mesmos restaurantes que o pessoal das barracas de que falas?

Prezado said...

O ser pessoal-das-barracas não é um exclusivo do pessoal que vive nas barracas, infelizmente. Em qualquer restaurante podes apanhar gente mal educada, independentemente de pagares 2 ou 12 contos ao almoço....

Anonymous said...

faz falta um perdido para os entreter!

Prezado said...

olha que tenho apanhado uns que nao se deixam hipnotizar com desenhos...

Vera said...

Vivo no estrangeiro há muito tempo e os meus filhos têm frequentado escolas internacionais onde um dos principais objectivos"didácticos" de algumas actividades é "aprender a viver sem os pais" - uma verdadeira obsessão que se concretiza em estadias forçadas com a escola fora do ambiente familiar. Resta saber o que é a infância senão o tempo despreocupado em que se está muito tempo com os pais ? é essa a principal força que guardaremos dentro de nós p/enfrentar o tempo em que viveremos sem eles ...
Um casal de médicos ingleses pode permitir-se no minimo um serviço de babysitting mas não o faz porque a mentalidade é diferente da nossa ... devíamos ter mais orgulho nos nossos valores e viva ir ao restaurante com os pais !!!!
já viram nas capitais do norte da europa criancinhas nos restaurantes ? eu vi mais cães do que criancinhas ...

Mamã said...

É só olharmos um bocadinho para trás (não foi assim há tanto tempo vá lá) e lembrarmo-nos como gostávamos de estar com os nossos pais, como era bom ir ao restaurante, ou como ficávamos preocupados se os pais se atrasavam a ir-nos buscar à escola.

Mamã said...

Excelente comentário Brikebrok :)

Anonymous said...

bolas perdido! reconheceste-me logo ou é impressao minha?
Pelo menos o meu filho hipnotiza-se facilmente com os teus desenhos